Páginas

quarta-feira, julho 20, 2011

A Mente Eterna de Um Brilho de Lembranças

Há alguns dias assisti ao filme ‘Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças’ – sobre um casal que após se separar, participam de um experimento que apagam suas memórias – e fiquei pensando nesta situação: Apagar ou não apagar algo ou alguém da minha vida? Seja por algum motivo banal (um espirro mal dado talvez) ou até mesmo por uma separação que nem os personagens.

É muito relativo, todos nós temos algo que gostaríamos de esquecer. Mas sei lá, até que ponto esquecer vale a pena? O que seria melhor? Esquecer ou superar? Se pensarmos, é óbvio que cada momento que nós temos são únicos e por pior que eles sejam, eles nos fortalecem, nos fazem melhores conforme o tempo passa. Resumindo, a superação trás o tão falado esquecimento. Você superou, você ‘esqueceu’, ou pelo menos não fica pensando somente nisso, sei lá.. Quando você supera, ao meu ver, você fica mais forte, mais atento e por mais que essas lembranças continuem martelando na cabeça, aprendemos a lidar com elas. Acho que pra mim, vale muito mais guardar os momentos bons e ruins do que fingir que nada aconteceu.

Talvez seja um pensamento infantil ou até mesmo sem fundamentos, mas eu realmente acho que o esquecimento não é a melhor saída. É sei lá, covardia talvez. Creio que todos nós temos que dar nossa cara a tapa independente da situação. Enfrentar nossos problemas com a cabeça erguida e assim ficarmos fortes sabendo que em algum momento fomos fracos. Seguindo este raciocínio, o que seria melhor? Ser um fraco por optar pelo caminho mais fácil ou saber que você se fez forte? Saber que você pode ser uma pessoa melhor e sabendo de tudo que você fez para chegar até tal ponto. Por mais que a idéia de apagar tudo seja extremamente tentadora, um alívio tremendo para muitas coisas, eu não faria o que eles fizeram. As opiniões sobre isso são diversas, mas eu realmente acho que lembrar não é tão ruim assim. E vocês?

Como diria aquela música do Coldplay: ‘Ninguém disse que seria fácil...’

Um comentário:

Marcelo A. disse...

Eu sempre me faço esse tipo de questionamento também. Concordo contigo, no sentido de que quando se supera, aquilo já não faz diferença, já não tem importância. Mas existem coisas que, definitivamente, me arrependo. É aquele velho papo de que só me arrependo do que não fiz. Tanta coisa que gostaria de ter feito e não fiz e outras que fiz e me arrependo amargamente. Enfiam, cest la vie. Mas acho que não apagaria as minhas memórias não. É bom tê-las aqui, bem vivas. Boas ou ruins.

Isso aew, rapaz! Não desiste não! :D