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quarta-feira, julho 27, 2011

Amores Relâmpagos de Metrô

(Insira aqui seu meio de transporte ou lugar favorito. Metrô, ônibus, elevador, escada rolante, livraria, fila do McDonalds..)

Você está feliz da vida sentado no metrô, lendo um livro super legal ou ouvindo uma musiquinha, quando de repente é surpreendido por uma imagem celestial. Uma pessoa linda, aquela que você sempre sonhou, entra pela porta, vem em sua direção e ali fica parado(a). É amor a primeira vista. O caminho parece que fica mais longo, o meio de transporte parece ficar mais lento, as pessoas falam e andam em slow motion. Ela entrou na sua casa, entrou na sua vida, mexeu com as suas estruturas e sarou todas as feridas.. (Não podia perder essa, desculpa..)

Uma música começa a tocar - Wouldn't It Be Nice - e um filme passa pela sua cabeça. Vocês conversam, vocês dançam, vocês dão risada, vocês saem, vocês andam de bicicleta no parque, vocês cantam no karaokê, vocês assistem filmes, vocês conversam mais,  vocês viajam, vocês tiram fotos na frente da Torre Eiffel, Estátua da Liberdade, letreiro de Hollywood e etc. Vocês fazem anjinhos na neve e até ficam jogando bolinhas um no outro. Vocês também tem até filhos juntos, duas criancinhas lindas e sorridentes que rolam com o cachorro no chão da sala. Vocês também são ricos, famosos, e muito felizes. Até que a música para e você consegue até ouvir o som do disco arranhando. A única voz que você ouve é: ‘Estação Santa Cecília, desembarque pelo lado direito do trem’, e a porta se abre. Você vê o seu amor indo embora, mas tudo bem, você só abaixa a cabeça e dorme ou volta para a leitura. E o melhor, ninguém se machucou, ninguém ficou triste e uma única sensação passa pela sua cabeça: ‘Foi legal enquanto durou. Cadê o próximo?' 

Ah, todo mundo já teve um amorzinho de metrô, vai.. 




quarta-feira, julho 20, 2011

A Mente Eterna de Um Brilho de Lembranças

Há alguns dias assisti ao filme ‘Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças’ – sobre um casal que após se separar, participam de um experimento que apagam suas memórias – e fiquei pensando nesta situação: Apagar ou não apagar algo ou alguém da minha vida? Seja por algum motivo banal (um espirro mal dado talvez) ou até mesmo por uma separação que nem os personagens.

É muito relativo, todos nós temos algo que gostaríamos de esquecer. Mas sei lá, até que ponto esquecer vale a pena? O que seria melhor? Esquecer ou superar? Se pensarmos, é óbvio que cada momento que nós temos são únicos e por pior que eles sejam, eles nos fortalecem, nos fazem melhores conforme o tempo passa. Resumindo, a superação trás o tão falado esquecimento. Você superou, você ‘esqueceu’, ou pelo menos não fica pensando somente nisso, sei lá.. Quando você supera, ao meu ver, você fica mais forte, mais atento e por mais que essas lembranças continuem martelando na cabeça, aprendemos a lidar com elas. Acho que pra mim, vale muito mais guardar os momentos bons e ruins do que fingir que nada aconteceu.

Talvez seja um pensamento infantil ou até mesmo sem fundamentos, mas eu realmente acho que o esquecimento não é a melhor saída. É sei lá, covardia talvez. Creio que todos nós temos que dar nossa cara a tapa independente da situação. Enfrentar nossos problemas com a cabeça erguida e assim ficarmos fortes sabendo que em algum momento fomos fracos. Seguindo este raciocínio, o que seria melhor? Ser um fraco por optar pelo caminho mais fácil ou saber que você se fez forte? Saber que você pode ser uma pessoa melhor e sabendo de tudo que você fez para chegar até tal ponto. Por mais que a idéia de apagar tudo seja extremamente tentadora, um alívio tremendo para muitas coisas, eu não faria o que eles fizeram. As opiniões sobre isso são diversas, mas eu realmente acho que lembrar não é tão ruim assim. E vocês?

Como diria aquela música do Coldplay: ‘Ninguém disse que seria fácil...’